terça-feira, 27 de janeiro de 2015

CHILE - PUERTO MONT, PUERTO VARAS, FRUTILLAR, ISLA CHILOÉ, HORNOPIREN, PUERTO OCTAY e VALDIVIA











 PUERTO MONTT, PUERTO VARAS, FRUTILLAR, ISLA CHILOÉ, HORNOPIREN, PUERTO OCTAY e VALDIVIA 

Continuando a narrativa sobre o Chile, finalmente cheguei ao sul daquele país. Como divulguei anteriormente eu havia dado uma bela circulada pelo norte chileno, precisamente no deserto de Atacama e já fazia vários dias que não enxergava uma área verde “normal”, apenas alguns tufos de vegetação cuja cor estava bem longe do verde que tanto apreciamos.

Quando desenhei o roteiro para o sul chileno, optei em montar a base de hospedagem na cidade de PUERTO MONTT, já que todas as leituras a respeito indicavam esta como sendo a melhor cidade para hospedar-se e dali locomover-se, em direção à Patagônia Chilena ou região austral, e deste modo, fazer todos os passeios nas cidades que ficam próximas.

Puerto Montt é a capital da Província de Llanquihue e da Região de Los Lagos, e posso te dizer que não é a cidade mais bonita da região, pelo contrário......rs.rs.rs... Mas em matéria de operacionalização quanto a locomoção regional é a melhor.

Quando aterrissei, imediatamente senti uma grande diferença quanto a paisagem e o próprio ar, sem contar a temperatura. Tudo muito verde, um ar úmido na medida exata e um friozinho bem gostoso.

A recepção também foi bem diferente já que as pessoas do sul do Chile, são bastante simpáticas, hospitaleiras e atenciosas. O taxista já perguntou de onde eu era, se era a primeira vez que ia ao sul e já começou a me passar várias dicas, as quais foram de muita valia para a minha estadia na cidade.

O hotel que escolhi, foi o HOTEL SEMINARIO (clique aqui), que era muito bem recomendado nos sites de reservas de hotéis, e ao chegar tive a grata surpresa em ver que ele era melhor do que se via nas imagens divulgadas. O atendimento feito pela dona foi impecável, pronto já me senti em casa.

Hotel Seminario - Puerto Montt

O quarto enorme, aconchegante, bonito com uma vista maravilhosa de toda a cidade, já que a localização do hotel é em um dos pontos mais altos. Não poderia ter sido melhor.

No dia seguinte uma surpresa maior com o café da manhã, imagine você logo cedo dar de cara com um pão caseiro bem fresquinho, geleias artesanais, manteiga divina, suco delicioso e os bolos......... hum que saudade de tudo aquilo. Todo dia era um prazer saborear aquele café da manhã maravilhoso, eu até acordava mais cedo para ter tempo de curtir tranquilamente cada mordida...... Defintivamente, RECOMENDO a hospedagem ali.

Cheguei ao final da tarde, e não tinha nada reservado para o dia seguinte, então corri até o Terminal de Buses de Puerto Montt e procurei uma das várias agências de turismo ali instaladas, aproveitei e fechei dois tours para os dois dias seguintes.

O motorista de táxi havia me dito que os passeios mais baratos são vendidos por estas agências, ou seja, as instaladas no terminal rodoviário. Pela internet eu havia consultado outras agências, no entanto, não consegui fechar um pacote para os dias que ficaria por lá, então tinha uma noção dos preços cobrados por outras agências.

Quando cheguei ali, vi que os preços cobrados realmente são muito abaixo das demais agências instaladas na cidade, mas como disse consegui comprar só dois tours, o que foi bem providencial, pois vou te dizer uma coisa: Se você quer somente um bom preço e não se incomoda com o estado dos veículos de transporte, tudo bem, bateu na porta certa. Mas se como eu você preza a questão do veículo confortável...... procure uma agência fora do terminal. Veja o que aconteceu comigo.

O primeiro tour que foi para o VULCÃO OSORNO, não foi feito pela agência que comprei o tour, eles me passaram para uma agência parceira, e por sorte esta parceira foi a agência SOL DEL SUR TURISMO (clique aqui), onde tive um atendimento VIP, veículo ótimo, guia sensacional, tempo muito bem aproveitado, enfim o tour perfeito. Já no dia seguinte o tour era para a Isla Chiloé e foi feito pela agência que vendeu o tour (uma das instaladas no terminal rodoviário). Gente, já de cara quando vi a van, desanimei !!, quando eu entrei ai o negócio complicou, enquanto continuavam a pegar os passageiros eu olhava e até banco amarrado com arame eu vi. É um tour de 12 horas, onde se viaja muitoooooooooo, eu me perguntei um milhão de vezes, “o que eu estou fazendo aqui!.... como vou aguentar a viagem neste aperto e desconforto”, enfim quando vi que não tinha jeito, o negócio foi “tentar relaxar” e curtir o passeio. Por sorte o guia era muito simpático e notava-se que ele fazia de tudo para tornar o passeio agradável, bom chegou uma hora que consegui esquecer do desconforto e passei a curtir a viagem. Que tirando o lance da van, foi ótima. Mas a van era muito ruim mesmo........

Então minha recomendação é : pague um pouco a mais, porém se dê o conforto que merecemos durante nossas preciosas férias. Eu fechei todos os demais passeios com a Sol del Sur Turismo.

Agora se você não esta nem ai, pode comprar todos os tours no Terminal de Buses, te digo que economizará um bocado.

Voltando ao primeiro dia, depois que comprei os passeios, dei uma volta rápida pela parte central de Puerto Montt, e como havia viajado de ônibus toda a noite anterior de Iquique a Calama, depois voei de Calama para Santiago, aguardei cerca de 4 horas no aeroporto e depois voei de Santiago para Puerto Montt, estava morto de cansaço, então meu jantar foi no Mac Donalds mesmo. Algo prático, rápido e conhecido, não estava para surpresas gastronômicas naquele dia.

Após uma boa noite de sono, tudo tem seu ângulo melhorado, então após um belo café da manhã, o pessoal da agência chega para me buscar e iniciamos o tour do dia que seria para o Vulcão Osorno e Petrohué, e eu super disposto para iniciar a visita naquela parte do Chile.

A primeira parada foi em um dos pontos considerado como mirante de Puerto Montt, dali se têm uma vista de toda a cidade, tiramos algumas fotos e a guia nos explicou um pouco da história da cidade e nos mostrou dali a localização de diversos pontos turísticos/históricos.

Vista panoramica de Puerto Montt

Em seguida tomamos rumo à cidade de Puerto Varas, que está a 21 quilômetros de Puerto Montt, a distância é tão próxima, que você pode ir para lá em ônibus coletivo, e foi o que fiz no meu último dia que estive ali.

Antes de começar a falar de cidades vale a pena informar que esta região chilena foi colonizada por alemães, os quais deixaram um legado muito forte no que diz respeito a arquitetura, gastronomia, modo de vida, agropecuária, elaboração de queijos, trabalhos em lã, etc. Então tudo ali é muito diferente do Chile que estamos acostumados a ver durante nossas viagens, inclusive, para a região central, ou seja, parece até ser outro país.

Chegando a PUERTO VARAS, você fica de boca aberta, admirado com a beleza da cidade. Na verdade muita gente se hospeda ali, pois é muito agradável estar em tão linda a agradável cidade.

A cidade está à margem do Lago Llanquihue, é bem pequena e muito organizada, tem como pontos principais as margens do lago, o Casino, sua Plaza de Armas e a região central com lojinhas bem simpáticas, restaurantes, lanchonetes e cafés.

Puerto Varas


Puerto Varas


Puerto Varas

Puerto Varas

Circulamos um pouco na parte central e dali seguimos rumo ao Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, que abriga o vulcão Osorno, dentre outras atrações.

Há muitos anos atrás, quando vi uma fotografia deste vulcão, disse que tão logo fosse possível iria ao sul do Chile para conhecê-lo, e quando o vi muito longe, fiquei muito feliz, pois iria realizar mais um de meus sonhos, de muito longe se avista ele e durante o passeio é como se ele estivesse o tempo todo de olho em você, ou seja, te acompanhando.

Chegamos à base do vulcão, vamos dizer assim, já que um dos principais mirantes é na beira do Lago Llanquihue, tendo o vulcão Osorno ao fundo. Nossa, eu não acreditava que aquela paisagem tão linda estava diante de meus olhos. A exemplo do que já aconteceu em outros passeios, a minha ficha demorou para cair, a impressão era que eu estava vendo uma foto/vídeo, sei lá, qualquer coisa, menos que estava ali diante do próprio vulcão ao vivo e a cores!!!. Muito lindo!

Ele é conhecido mundialmente como um símbolo da paisagem local e também por sua semelhança ao Monte Fuji, Japão.

Vulcão Osorno

Vulcão Osorno

Lago Llanquihue

Mas a surpresa maior estava por vir, ao retornarmos para o veículo a guia nos informa que agora nós iriamos seguir para o topo do vulcão!..... ops, o que???? Eu entendi direito?......

Gente, o passeio inclui a subida, em veiculo é claro!, até o topo do vulcão. Imagina você que se eu já havia ficado extasiado com a vista do vulcão, quanto mais subindo ao seu topo. E lá fomos nós. Que subidão, me deu um medo, mas valeu.

Quando chegamos no topo, neve para todo o lado, uma cafeteria para dar uma aquecida e quem quiser pode tomar o teleférico e subir para as estações de esqui que ficam na parte superior.

Vulcão Osorno - topo

Vulcão Osorno - topo

Vulcão Osorno - topo

Vulcão Osorno - topo

Eu fiz amizade com um colega espanhol então decidimos ficar na base mesmo e explorar todo o local a pé.

Depois de andar um bocado, já um tanto quanto gelados, fomos dar uma abastecida no estomago, pois o almoço seria mais tarde. Eu aproveitei e comi uma empanada muito gostosa acompanhada com uma cerveja de framboesa, isto mesmo, de framboesa.... muito boa!

Cerveja de framboesa

Depois de algumas horas por ali, descemos para a parte plana do Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, paramos para uma breve visita à LAGUNA VERDE, como o próprio nome indica ali há uma lagoa cujo sedimentos depositados em seu leito, provoca a existência de um tipo de bactéria, que vive somente ali e gera uma cor verde esmeralda em sua água. É muito interessante pois esta lagoa não é grande e suas águas seguem para o Lago Llanquihue e praticamente ao lado da lagoa vemos nitidamente a separação das cores da água, ou seja, de um lado o verde da Laguna Verde e do outro o azul do Lago Llanquihue,....... mistérios da natureza.

Raposa próxima à Laguna Verde


Laguna Verde

Laguna Verde

Em seguida fomos almoçar em um restaurante típico muito bonito em um local com uma paisagem incrível.

Salmão com batatas e suco de framboesa

A elegância da simplicidade.....

As camélias são as rainhas no jardim do restaurante...

De lá, já saciada a fome, ainda no âmbito do Parque Nacional, seguimos em direção aos SALTOS DE PETROHUÉ. Inicialmente tive a impressão que seria uma caminhada pela mata com vista de um riachinho de cor verde diferenciada, e só. Mas o negócio foi crescendo, e quando realmente chegamos aos saltos, nossa........... Lindo demais, uma das paisagens mais bonitas que já vi, tudo isto acentuado pela linda cor da água. Nunca havia visto uma água com aquele tom de verde.

Saltos de Petrohué


Saltos de Petrohué

Saltos de Petrohué


Saltos de Petrohué

Saltos de Petrohué

Olha se o passeio terminasse por aqui, já estávamos com o dia mais que ganho. Mas dali seguimos para o Lago de Todos os Santos, tudo isto no âmbito do Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, onde chegamos e havia duas opções: fazer uma caminhada pelos bosques ou tomar um barco e fazer uma navegação no lago. Claro que fui navegar, e esta foi a cereja do bolo, pois navegar naquelas águas tão bonitas, geladas é claro, tendo como plano de fundo montanhas nevadas e o próprio vulcão Osorno, como diz a propaganda, “não tem preço”. Fechamos o dia com chave de ouro.

Lago de Todos os Santos


Lago de Todos os Santos

Lago de Todos os Santos com vulcão Osorno ao fundo


Lago de Todos os Santos com vulcão Osorno ao fundo

Lago de Todos os Santos com montanhas nevadas ao fundo

Dali retornamos para Puerto Montt finalizando o tour e eu muito feliz com tudo o que havia visto e vivido, durante aquele dia.

No segundo dia em Puerto Montt sai de passeio para a famosa ISLA CHILOÉ. Ela é a maior ilha chilena, e é tão grande que você perde a noção de que está em uma ilha, imagine que para chegar a capital que fica no centro da ilha, a partir da primeira cidade que é ANCUD você precisa rodar 83 quilômetros?.....

Este tour lhe possibilita conhecer as cidades de ANCUD, DALCAHUE e CASTRO. Tem duração de aproximadamente 12 horas, é muito cansativo, porém muito interessante.

Há tours pela Isla de Chiloé, que duram de 2 a 4 dias, isto para quem quer aprofundar o conhecimento da região. Como eu tinha muita coisa para conhecer optei pelo passeio de 1 dia que te dá uma noção do que a ilha oferece, inclusive você consegue visitar suas atrações principais.

Como disse anteriormente, inicialmente este foi considerado o “tour do terror” no quesito acomodação veicular, mas vamos deixar isto de lado e focar no lado bom do passeio. O guia Juan, muito atencioso, tão logo recolheu todos os passageiros nos ofereceu a opção de irmos por uma estrada secundária, a qual segue por estradas no meio de chácaras/fazendas e pela via costeira da ilha.

No retorno voltaríamos pela via oficial entre a capital Castro e Puerto Montt. Esta alteração de roteiro, nos possibilitaria conhecer vários povoados, igrejas, uma cachoeira, ter vistas lindas da costa, enfim enriqueceria muito mais nossa viagem, no entanto tudo teria que ser mais rápido e custaria um pouco mais (cerca de 20 reais). A aceitação foi unanime e deste modo, iniciamos nosso tour rumo a Isla de Chiloé.

Inicialmente dirigimo-nos até o porto de Puerto Montt, onde embarcamos em uma espécie de balsa, chamada por eles de “transportadores”, o qual cruzou o canal marítimo em direção ao porto da ilha de Chiloé, na cidade de ANCUD.

Transportador

Transportador

Chegando ali, rumamos direto para o centrinho do povoado, que não era longe do porto e paramos para visitar a igreja, praça principal, tomar um café, enfim conhecer e aproveitar o local.

Ancud

Ancud - Plaza de Armas

Ancud - Plaza de Armas

Ancud

Vale esclarecer que parte das atrações turísticas da Isla de Chiloé, são suas igrejas, muitas classificadas como patrimônio cultural, as quais possuem uma arquitetura e construção bastante diferente, no que diz respeito a material, cores, formato. Elas são feitas em madeira, com a ornamentação do mesmo material mesclado com lata e são pintadas em cores bastante fortes, para igrejas, porém isto as torna diferenciadas e interessantes.

Aproveitando a interrupção, vou dizer que nesta etapa da viagem, acabei conhecendo algumas pessoas de diferentes nacionalidades, com s quais formamos um grupo, que aproveitou e se divertiu muito durante nossa estadia em Puerto Montt. Nesse tour para Chiloé logo que desembarcamos nesta primeira parada comecei a conversar com uma garota equatoriana, seu nome é Dalis, eu a tinha visto no tour que fizemos para aos Saltos de Petrohué, porém ela estava em outro grupo. Como disse anteriormente, no passeio de ontem para Osorno, conheci um espanhol que estava no meu grupo, seu nome José Luis. Ele também foi para Chiloé na mesma data que eu, porém em um outro grupo. Ao chegar nesta primeira parada eis que encontro ele, e como estava conversando com a Dalis já a apresentei a ele. Por coincidência descobrimos que no dia seguinte sairíamos os três de passeio no mesmo tour. Eis que ali inicia-se a formação do nosso grupo que ficou identificado como “Os amigos de Puerto Montt”.

Voltando ao passeio, dali seguimos para outra cidadezinha cujo nome é QUEMCHI, ela está a beira mar, é muito graciosa, com sua arquitetura alemã rural e claro com sua igreja coloridíssima.

Quemchi


Quemchi


Quemchi - Plaza de Armas

Quemchi

Não entrarei em detalhes sobre estes locais pois o objetivo era somente passar os olhos pelo local, no intuito de conhecer visualmente, um pouco mais da ilha.

A próxima parada foi na Isla AUCAR. Um local belíssimo que parece ter saído de um conto de fadas, tal é seu formato e detalhes que compõe o ambiente.

O acesso a esta pequenina ilha, se dá por meio de uma ponte em madeira muito comprida, cujo final termina em um arco em madeira decorado por vegetação nativa. Para as noivas de plantão, é o local ideal para a realização de um casamento, pois a decoração é toda feita de modo natural.

No centro desta ilha há um pequena igreja, construída no estilo chilote (chilote é o termo usado para tudo que é característico da Isla Chiloé), cujo acesso é por um gramado, onde as plantas estão dispostas de modo a formar um corredor, arrematados por dois arcos de plantas no inicio e no final deste corredor. Pelas imagens que divulgo, você tem uma ideia plena de como é lindo o local.

Uma das paisagens mais marcantes durante este passeio.

Aucar


Aucar

Aucar


Aucar

Aucar

Prosseguindo o passeio seguimos em direção a uma bela cachoeira, ela é conhecida como CASCADA TOCOIHUE. É formada por dois saltos d’água, sendo um bastante forte e outro quase um fio d’água, e se localiza a cerca de 20 quilômetros da cidade de Dalcahue e a 7 quilômetros da cidade de TENAUN. O acesso é por meio do restaurante Fogón Chilote La Cascada (clique aqui), que tem a construção em formato de barco. Ali pagamos o ingresso e por meio de passarela de madeiras seguimos em direção a cachoeira, um local muito bonito e agradável. Se você quiser ter uma vista panorâmica da cachoeira, estando em frente ao restaurante, do seu lado direito há uma trilha (subida) onde você rapidamente tem uma vista muito especial do local.

Cascada Tocoihue


Cascada Tocoihue


Cascada Tocoihue

Restaurante  Fogón Chilote La Cascada

Pelo que já tínhamos visto em caráter “extra”, o valor pago a mais, já estava compensado. Diante de tantas coisas bonitas e interessantes que vi, até relevei o desconforto do veículo.....rs.rs.rs.

Novamente pé na estrada de terra, até chegarmos ao povoado de TENAUN, cujo foco principal também foi sua praça central e a igreja que possui um formato muito bonito e uma conservação impecável.

Tenaun


Tenaun - flores do jardim da praça central

Tenaun

No sul do Chile, uma coisa interessante são as flores que mesmo com um clima tão frio ornamentam as casas e jardins. Tulipas, gérberas, amor-perfeito, copos de leite, etc. são como grama por lá.

Para um único dia de passeio, já havíamos conhecido muito, mas ainda tínhamos muito que conhecer, pois depois de ANCUD havíamos saído do roteiro oficial e agora é que iriamos conhecer o que o tour oficial propunha. Sendo assim, seguimos para a cidade de DALCAHUE.

Em DALCAHUE fizemos uma parada para almoço e nos foi liberado um curto tempo para compras, de modo que não consegui explorar muito a questão do artesanato de lá que é muito diferente e interessante, inclusive no que diz respeito aos artigos de lã.

São produtos de pura lã de ovelha, que é cardada, tingida e tecida pelo pessoal de lá. São muito famosas as mantas de lã. Não aguentei e trouxe uma para usar no inverno de Bragança Paulista. Também aproveitei e comprei toucas e meias, as quais me salvaram no inverno europeu que peguei agora em Dezembro/14.

Dalcahue
foto: www.plataformaurbana.cl

Iglesia de Dalcahue
foto: www.ruta-pagatonia.com

Dalcahue - Mercado de Artesãos
foto: www.panoramio.com

Dalcahue

Dalcahue - Plaza de Armas

Não te falei ainda, mas aqui vai: Comi tanto salmão e outros peixes na minha estadia no Chile, que pensei chegar no Brasil com guelras......rs.rs.rs.... Aqui no sul chileno não foi diferente e o que comi bastante foi salmão, já que eles são grandes exportadores deste produto e a oferta por lá é grande.

Em Dalcahue meu almoço foi salmão normal e Dalis pediu um prato que se chama “salmon cancato” , que é duas postas de salmão recheadas com tomate, queijo e temperos, de modo que se parece com um sanduiche de salmão, ele é assado envolto em papel alumínio e servido em formato de “pacote”.....hummmmmm. delicioso!

Restaurante em Dalcahue - salmão cancato 

Restaurante em Dalcahue - salmão com batatas - veja o detalhe do limão...

Uma das principais atração de Dalcahue é sua igreja, que é considerada patrimônio cultural, mas infelizmente não foi possível visita-la, pois estava fechada para restauração.

Continuando na correria, fomos para a última cidade a ser conhecida em Chiloé, a cidade de CASTRO, que é a capital da ilha. Uma cidade considerada grande, cujas principais atrações são: sua praça central, a Igreja de San Francisco e as palafitas (casas construídas dentro da água, sustentadas por estacas).

Chegando em CASTRO seguimos direto para as palafitas.

As palafitas não ficam próximas da praça, mas estão na área central de Castro. O conjunto de casas é bonito, bem conservado e muito colorido. Não tivemos a oportunidade de ver a água tomando o local, já que passamos ali em maré baixa, mas dizem que a paisagem fica muito bonita com a água na maré alta, pois as casas ficam refletidas no espelho d’água.

Estas casas foram construídas no passado por pescadores, que não tinham permissão para construir em terra e como queriam e precisavam estar próximos ao mar, começaram a construir dentro da água, já que esta área não possuía dono e para isto utilizaram o sistema de palafitas. Atualmente as casas continuam a serem utilizadas como residências, mas há uma grande ocupação com parte comercial, inclusive restaurantes/bares.

Castro - palafitas

Castro - palafitas

A praça central é bonita e muito grande, nota-se claramente que é o local de reunião da população local, tem como destaque a Iglesia de San Francisco de Castro, que é coloridíssima (não poderia deixar de ser, é claro!) e possui lindos ornamentos feitos em lata. A praça também conta com fonte, jardins e uma bonita “concha” feita de alvenaria e decorada com mosaicos.

Vale esclarecer que os ornamentos da Igreja de San Francisco, sejam em madeira ou lata, são tão bem trabalhados, que a uma certa distância, você tem a impressão que são feitos em cimento ou outro material de alvenaria e não em lata ou madeira, muito interessante.

Castro - Plaza de Armas



Castro - Plaza de Armas - monumento em mosaico

Castro - Plaza de Armas


Castro - Iglesia San Francisco de Castro

Castro - Iglesia San Francisco de Castro


Castro - Iglesia San Francisco de Castro

Castro - Iglesia San Francisco de Castro

Após visitar a praça e a igreja, seguimos em direção ao mercado da cidade, onde tivemos a oportunidade de ver todos os produtos que ali são expostos para venda, que são: pescados, frutas, verduras, temperos, artesanato em madeira, lã, souvenirs, etc. Finalizamos assim nosso passeio na Isla Chiloé, já que dali retornamos pela estrada oficial que liga Castro a Puerto Montt. Eu estava feliz, pois um tour que tinha tudo para ser frustrante tornou-se agradável, é claro que tirando a dor nas costas que tive no retorno e tive que tomar remédio na van mesmo, nem deu para chegar ao hotel.....rs.rs.rs......

Castro - Mercado Municipal

No dia seguinte, já recuperado do cansaço referente a viagem para Chiloé, levantei animado para fazer mais um passeio, que seria o tour RUTA AUSTRAL, o qual consiste em seguir viagem mais para o sul do Chile e chegar até a cidade de HORNOPIREN.

A ruta austral é o caminho que leva até o “fim do mundo”, no entanto este é bastante longo e o trajeto que fazemos neste tour é apenas para conhecer uma das portas de entrada rumo àquela parte da América do Sul. Portanto tudo é mais difícil por ali, sejam as estradas, transbordos, as acomodações, etc. No entanto foi um dia esplêndido o que tivemos em nossa estadia por lá. Digo “nossa estadia”, pois como disse anteriormente o espanhol Luis, a equatoriana Dalis e eu estaríamos juntos no tour. E neste dia mais um integrante se junto a nós, o chileno Hugo, uma figura. Na primeira parada, onde embarcaríamos em um “transportador” (espécie de balsa), já nos entrosamos com o Hugo e dali para frente foi só alegria.

Luis, Dalis, Hugo e eu

Ao sairmos de Puerto Montt, seguindo a Ruta Austral, paramos em alguns pontos da estrada para apreciar a paisagem e tirar fotos. Ouvimos os comentários e explicações da guia e notei que a paisagem começava a mudar, mas nada muito interessante, pois a surpresa estava em Hornopiren.

Caminho Ruta Austral

Ao chegarmos a HORNOPIREN, fomos apresentados diretamente ao cartão postal da cidade, que é as margens de um lindo lago, tendo como fundo montanhas nevadas. Estava um lindo dia de sol, então imagine o efeito de toda aquela claridade naquela água azul escura e as montanhas nevadas....... Maquinas fotográficas em punho e foi uma “clicação” sem fim.

Hornopiren


Hornopiren


Hornopiren

Hornopiren

Depois disto, seguimos para o local onde almoçaríamos e que eu pensava ser um almoço bem comum e pronto.

Só posso adiantar uma coisa, foi a melhor refeição que tive em minha viagem ao Chile. Trata-se do Restaurante da Senhora Tato. Ela é uma senhora viúva que vive sozinha e administra seu restaurante.

Ao chegarmos ao local, que na verdade é uma chácara, já nos encantamos com o local. Ao adentrar no restaurante, Doña Tato nos recepcionou como se fossemos seus convidados muito especiais. Ela tem um jeitinho de avozinha, então, a sensação que senti foi de que estava indo almoçar na cada de minha avó.

Restaurante da Doña Tato

A mesa posta de maneira fantástica, nos acomodamos e começou-se a servir os pratos, que faço questão de comentar e mostrar.

Restaurante da Doña Tato

A entrada foi uma pastinha de salmão defumado, temperado e servido em um “copinho” que era a metade de um abacate pequeno, rodeado de tenra porção de repolho.

Entrada

O prato principal poderia ser salmão ou carne vermelha, acompanhados de “papas mayo”, ou seja batatas com maionese. Eu optei pela carne vermelha que consistia em uma porção enorme de carne bovina e outra de carne suína assadas em forno.

Prato principal

A sobremesa uma suave torta de limão.

Sobremesa

Nossa como eu comi, e comeria muito mais se me fosse oferecido repeteco.....kkkkkkk.

Realmente esta agência de turismo, a SOL DEL SUR TURISMO, sabe como encantar seus clientes. Eles procuram proporcionar um passeio perfeito.

Depois do almoço fomos dar uma volta na propriedade da Doña Tato, onde há uma cachoeira e saltos de água muito bonitos.

Cachoeira na área do Restaurante da Doña Tato

Cachoeira na área do Restaurante da Doña Tato

Despedimo-nos de Doña Tato e seguimos para a praça central de Hornopiren, onde conhecemos a igreja da cidade, também no padrão chilote, e houve tempo para explorarmos os arredores, seguindo para a beira do lago, onde o transporte nos recolheeria, encerrando assim a visita à cidade.

Hornopiren


Hornopiren - Plaza de Armas


Hornopiren

Hornopiren

Retornamos pela ruta austral direto para Puerto Montt. No caminho o grupo “amigos de Puerto Montt”, jogou uma pergunta ao ar “O que poderíamos fazer amanhã???”. Decidimos visitar a cidade de Valdivia que fica cerca de 215 quilômetros ao norte de Puerto Montt, e fomos por conta própria, já que o espanhol Luis estava com um carro alugado, o que facilitou muito a nossa ida até aquela tão recomendada cidade.

Logo cedo, nos encontramos no centro de Puerto Montt, eu, Luis (espanhol), Dalis (equatoriana) e Hugo(chileno) e este grupo internacional seguiu viagem rumo a Valdivia, que é considerada a capital do turismo chileno.

A viagem de ida foi um retão só, e conversa vai, conversa vem quando menos esperamos estávamos chegando a Valdivia. Seguindo a sinalização chegamos próximo da parte central turística, estacionamos o carro e pronto, começamos a visitar a cidade.

VALDIVIA, fundada em 1552, é a cidade austral mais antiga do mundo, conhecida como a capital dos rios, devido entroncamento dos rios Valdivia, Calle Calle, Cau Cau e Cruces. Em l960 esta cidade suportou o maior terremoto e maremoto registrado na história da humanidade. Hoje devido sua beleza e atrativos é considerada como a capital do turismo chileno.

Valdivia - Rio Calle Calle

Valdivia - Rio Valdivia

Nossa visita começou nas proximidades do cruzamento dos rios Valdivia e Calle Calle, precisamente nas margens do rio Calle Calle, onde de cara encontramos com estes lobos marinhos que vivem por ali e ficam na beira do rio, chamada Orla Prat, muito próximos da calçada destinada aos pedestres.

Lobos marinhos - orla do Rio Calle Calle

Eu e os lobos marinhos - orla do Rio Calle Calle

Lobos marinhos - orla do Rio Calle Calle

Nas cercanias há um tipo de praça, onde estão instaladas agências que vendem passeios turísticos de navegação pelos rios da cidade. Como nosso tempo ali não seria grande, decidimos fazer somente a visita terrestres, deixando a navegação para outra oportunidade.

Seguindo o rumo do mercado, chegamos a um dos principais pontos turísticos que é a FERIA FLUVIAL DE VALDIVIA, também conhecida como MERCADO FLUVIAL DE VALDIVIA, que se encontra no entroncamento dos rios Valdivia e Calle Calle. Trata-se de uma instalação aberta, onde são vendidos diversos tipos de produtos, tais como peixes, mariscos, frutas, especiarias, flores, queijos, etc. Ali os lobos marinhos ficam atrás do pessoal que limpa os peixes, a espera das vísceras que são jogadas para trás, muito engraçada esta relação dos lobos marinhos com os moradores da cidade.

Feira Fluvial de Valdivia


Feira Fluvial de Valdivia


Feira Fluvial de Valdivia - lobo marinho esperando sua comida

Feira Fluvial de Valdivia

Em frente a esta parte externa do mercado, encontra-se o prédio histórico onde está localizado o Mercado Municipal de Valdivia, ali estão instalados diversos tipos de estabelecimentos comerciais, tendo predominância as lojas de artesanatos e os restaurantes. Foi ali que almoçamos e nos foi apresentado pelo Hugo (chileno) um prato típico da região o Pulmay, que é uma mistura de marisco, carne bovina, linguiça, frango e sabe mais lá o que. Mas isto foi só um tira-gosto, já que para o almoço, cada um escolheu o prato que mais lhe apetecia.

Pulmay - mariscos, batata, frango e carne vermelha

Mercado Municipal de Valdivia


Mercado Municipal de Valdivia

Mercado Municipal de Valdivia

Após almoçarmos e fazermos algumas compras, fomos para o outro lado do rio, cruzando a Puente Pedro de Valdivia, que dá acesso à Isla Teja, onde estão instalados os museus da cidade, no nosso caso fomos visitar um parque municipal e também para tirar algumas fotos com um bom ângulo do mercado fluvial, já que esta paisagem é um dos cartões postais de Valdivia.

Valdivia - vista a partir da Puente Pedro de Valdivia







Valdivia - vista a partir da Puente Pedro de Valdivia



Valdivia - Isla Teja ao fundo

Valdivia oferece várias opções de passeios, portanto recomendo uma visita com pelo menos 2 dias inteiros. Como tínhamos somente a finalidade de fazer uma visita panorâmica à cidade, algumas horas foram suficientes, mas sei que voltarei ali com mais tempo para visitar o que a cidade oferece em matéria de turismo.

A nossa visita a Valdivia foi rápida, pois também queríamos visitar a cidade de Frutillar que está próximo de Puerto Montt e fica no caminho. Então pegamos a estrada e em aproximadamente 2hs estávamos chegando a Frutillar.

FRUTILLAR...... ah Frutillar! A cidade mais bonita que conheci no meu giro por aquela parte do sul chileno. Puerto Varas é linda, mas Frutillar é mais. A cidade é dividida em duas partes que são denominadas como Frutillar Alta e Frutillar Baixa. As atrações turísticas encontram-se em Frutillar Baixa, e todas elas estão concentradas à volta do Lago Llanquihue, tendo o vulcão Osorno como plano de fundo.

É uma cidade fundada por famílias alemãs, cujas tradições são fortemente preservadas até os dias atuais. Deste modo, devido a sua arquitetura, jardins, gastronomia e característica físicas dos moradores, temos a sensação de estar em algum local europeu, de colonização germânica. Algo parecido com algumas cidades do sul brasileiro.

Frutillar


Frutillar - Lago Llanquihue com vulcão Osorno ao fundo

Frutillar


Frutillar

Frutillar


Frutillar

Frutillar


Frutillar

Frutillar

Frutillar

A cidade conta com lindos e diferentes monumentos à volta do Lago Llanquihue, inclusive ali também está localizado o TEATRO DEL LAGO (clique aqui), que possui uma estrutura belíssima. No período da alta temporada, os eventos promovidos ali, são o motivo para que a cidade, naquela área, fique intransitável face a quantidade de visitantes.

Teatro del Lago

Teatro del Lago

Teatro del Lago

A cidade conta com o MUSEU COLONIAL ALEMÃO (clique aqui), que não está longe da orla de Frutillar Baixo, ele fica na rua de trás, e é facilmente localizado.

O Museu Colonial Alemão ocupa um grande espaço muito bem cuidado e preservado, e ali encontram-se expostas vários tipos de residências/instalações com os respectivos utensílios, móveis, equipamentos que foram utilizados pelos colonizadores alemães, que ocuparam e promoveram o desenvolvimento da região.

Museu Colonial Alemão


Museu Colonial Alemão


Museu Colonial Alemão

Museu Colonial Alemão

Frutillar também é famosa por seus bolos e doces. Os bolos (tortas) são MARAVILHOSOS um dos melhores que já provei no mundo. O strudel deles é fantástico e as formas mais variadas de Kutchen (tipo de cuca) também podem ser provadas por lá.

No primeiro dia que estive por lá provei um bolo merengue de morango e levei para o hotel uma Kutchen (cuca) de framboesa. Na segunda vez que estive provei um bolo que se chama de bolo misto e ele possui várias camadas de diversos tipos de bolo, pelo que notei, de todos os que são servidos ali. A camada de baixo é de chocolate, a outra é merengue de morango, a outra é de nozes e a ultima de mil folhas (massa folhada), pensa na coisa gostosa.........

Bolo merengue de morango

Bolo misto, com suas diversas camadas........

Você encontrará também diversas lojas de artesanato, com produtos mais finos e elaborados, diferentes dos encontrados em outras partes da região.

Frutillar é um local para ir passar uma tarde e ficar sentado observando o movimento, degustando uma boa fatia de bolo e sorvendo um gostoso café, e deixar a vida passar. Eu tive a oportunidade de ir duas vezes até lá, e se continuasse mais dias na região com certeza teria voltado mais vezes.

Depois de assistirmos um dos mais belos pôr-do-sol, que tive a oportunidade de ver, provo divulgando as seguintes fotos, retornamos para Puerto Montt, felizes com o maravilhoso dia que tivemos, as gargalhadas que demos, mas tristes pois no dia seguinte Dalis seguia para Buenos Aires, Hugo iria trabalhar e Luis iria seguir viagem para o extremo sul do Chile. Mas a vida dos viajantes é assim mesmo, aproveitamos o dia de hoje ao máximo e o que fica são as boas recordações.

Frutillar

Frutillar

Frutillar

Este grupo teve e vai ter história, pois continuamos a nos comunicar por meio do WhatsApp. Sei que encontrarei todos ou alguns deles em viagens futuras.

Por ser baixa temporada, o oferecimento de tours para a região estava limitado, então o que me restou fazer foi o tour TERMAS DE PUYEHUE. Eu nem estava tão a fim, mas era isto ou ficar em Puerto Montt. Como eu tinha ainda mais dois dias na cidade preferi ocupar o primeiro com este tour e deixar o ultimo dia para explorar a cidade onde montei a base de hospedagem, e que apesar de estar ali já a alguns dias ainda não a conhecia.

Saindo de Puerto Montt seguimos direto para a cidade de PUERTO OCTAY, que a exemplo das vizinhas é uma cidade de colonização alemã, que possui lindas construções em madeira, muitas flores, uma linda praça e claro uma igreja.

Chegando ali tivemos um tempinho para conhecer os arredores da praça e comprar algo que quiséssemos. Eu descobri uma loja de queijos, imagina a vontade de fazer um estrago, mas me contentei em comprar só um pedaço de um queijo especial, o qual degustei no jantar daquele dia.

Puerto Octay - a loja de queijos....

Puerto Octay

Puerto Octay

Puerto Octay - Plaza de Armas

O caminho para chegar até lá é por entre chácaras, fazendas, casarões antigos, lindas paisagens rurais, enfim um colírio para nossos olhos.

Caminho para Puerto Octay



Dali continuamos até as Termas de Puyehue, chegando ali havia opções de caminhar pelas trilhas do Parque Nacional Puyehue onde ficam as termas, ou relaxar nas águas quentinhas que abastecem as piscinas. Há opção de piscina coberta e aberta. Eu preferi a a aberta já que fazia sol, mas estava muito frio, o que foi um sacrifício para tirar a roupa e pular naquela água quentinha, mesmo assim lá fui eu.

A piscina é abastecida com a mistura de águas geladas que vem das geleiras das montanhas que circundam o parque e da água fervente que provém de vulcão também próximo do parque. É tudo o que eu precisava depois de tantos dias andando sem parar.


Termas de Puyehue


Parque Nacional de Puyehue


Termas de Puyehue - piscina coberta

Termas de Puyehue - piscina coberta

Fiquei ali mais ou menos umas 3 horas, depois estava tão relaxado que nem quis fazer a pequena caminhada nas trilhas do bosque do parque nacional, aguardei o chamado do motorista e seguimos para almoço direto em Entre Lagos, uma cidadezinha bem pequena e simpática.

O local também escolhido a dedo, fica em um terreno cercado por um lindo jardim, onde as donas do pedaço são as tulipas, a quantidade e variedade é tamanha que dá até raiva....rs.rs.rs.rs.... pensa em um local onde tulipas concorrem com a grama.....rs.rs.rs...




Depois do almoço, o tour previa uma parada em Frutillar. Eu havia estado no dia anterior, então chegando ali, larguei o grupo e fui explorar um lado que no dia anterior não havia sido possível , tal como o Museu Alemão e depois finalizei degustando um pedaço de bolo enorme. Você já deve ter percebido que eu AMOOOOOO bolos.

Uma pena que o pôr-do-sol, foi fraquíssimo o pessoal do grupo nem pode ver o vulcão Osorno do outro lado do lago, pois uma névoa tomou conta do pedaço. Quer sorte ter passado por ali no dia anterior.

Depois disto o tour foi dado como finalizado e seguimos de volta para Puerto Montt.

Ultimo dia em Puerto Montt e com a agenda um tanto quanto vazia, decidi conhecer a cidade e lá sigo eu em direção ao centro e orla, onde tudo acontece por lá.

No caminho do hotel para o centro passei pela IGLESIA Y CAMPANARIO JESUITA, que abre somente nos horários de missas, portanto não foi possível visita-la internamente. Seu estilo é muito bonito, e é toda construída em madeira.

Puerto Montt - Iglesia y Campanario Jesuita

Seguindo rumo a área central, cheguei a PLAZA DE ARMAS da cidade e lá esta localizada a:

CATEDRAL DE PUERTO MONTT, uma linda igreja toda em madeira de alerce (uma árvore da região), prédio, decoração interna/externa, colunas, enfim... uma verdadeira obra de arte. Linda mesmo, nunca havia visto nada parecido e o que mais me admira é a qualidade do trabalho dos carpinteiros/marceneiros/artesãos que realizaram aquele tipo de trabalho. Sua construção iniciou-se em 1856 e após 40 anos, em 1896 foi inaugurada, é o edifício mais antigo de Puerto Montt. Seu estilo foi inspirado no Partenon de Atenas/Grécia.

Catedral de Puerto Montt

Catedral de Puerto Montt

Na PLAZA DE ARMAS e arredores há diversos espaços que abrigam monumentos dedicados a personalidades e a história de Puerto Montt.
As construções são bem diferentes e o que predomina são os detalhes em madeira.

Próximo a Catedral encontra-se um grande shopping, mas nada a declarar já que shopping é shopping em qualquer parte do mundo.

Puerto Montt

Puerto Montt - Plaza de Armas

Puerto Montt

Puerto Montt - trabalhos em madeira na decoração de edificios

Puerto Montt

Voltando para o centro rumo ao Terminal Rodoviário há um píer onde as pessoas passeiam e também praticam pesca esportiva (muito pouca) e próximo esta O MONUMENTO “SENTADOS FRENTE AL MAR” que trata de tema relacionado com a história de Puerto Montt e você ficará sabendo quando chegar lá.

Pier (muelle) de Puerto Montt

Pier (muelle) de Puerto Montt

Monumento “SENTADOS FRENTE AL MAR”

Monumento “SENTADOS FRENTE AL MAR” - para se ter uma idéia da altura do monumento, veja o detalhe

Continuando vemos à direita a área comercial da cidade e chegaremos ao local onde esta instalado o MUSEU DA CIDADE, que se encontrava fechado para reforma. Bem próximo dali encontra-se o Terminal Rodoviário, onde você pode comprar passagens para todo o Chile e cidades arredores.

Museu da Cidade

Se você seguir sempre em frente chegará até o ALGEMÓ que é um local estilo mercado central, onde se vende peixes, frutos do mar, frutas, verduras, queijos, artesanatos, produtos em lã, etc.

Ele também é muito famoso pela quantidade de restaurantes típicos que abriga, e geralmente os turistas vão ali para provar a culinária do sul do Chile, com destaque para o CURANTO.

Puerto Montt - Algemó

Puerto Montt - Algemó

Puerto Montt - Algemó

Mas do Terminal Rodoviário até lá, vá a pé somente se você gosta muito de andar, pois a distância é razoável. Geralmente as pessoas tomam táxi ou mesmo o coletivo, pois a distância nestes meios de transportes é rápida e barata.

Um local interessante é o PUEBLITO DE ARTESANOS – MELLI PULLI, onde se vende produtos artesanais seja para decoração, vestuário, alimentação ou souvenires. Ele fica entre o Terminal Rodoviário e o Algemó, do lado direito para quem segue neste sentido.

Puerto Montt - Pueblito de Artesanos Melli Pulli

Vale a pena falar sobre os queijos produzidos no sul do Chile. Como ali a colonização alemã foi muito forte, eles influenciaram de modo significativo a gastronomia da região, então ali você encontra produtos de excelente qualidade e dentre eles os queijos. Eu provei diversos e sinto saudades quando penso em tudo o que comi, e de que não foi o suficiente para matar a vontade. Então quando você for e se gostar de queijo, aproveite !!!

Depois de rodar a manhã toda por Puerto Montt, descobri que faltava muito pouco para conhecer a cidade, melhor dizendo Puerto Montt não tem muitas atrações, de modo que tinha toda a tarde livre, já que viajaria só no dia seguinte. Então estando diante do Terminal Rodoviario, resolvi tomar um ônibus e fui para Puerto Varas, comprar umas peças em cerâmica que havia visto e aproveitar para almoçar por lá.

Deste modo retornei a Puerto Varas, com tempo e calma e explorei um pouco mais a região central, por sorte havia uma feira itinerante de artesanato com produtos excelentes, comprei duas lindas toucas de pura lã, trabalhadas pela artesã desde a extração da lã até a confecção das toucas, lindíssimas. Encontrei minhas cerâmicas e almocei um sanduiche bem diferente, pois a massa do pão é assada com a carne e demais ingredientes de modo fechado. Parece um pão de batata, mas é um sanduiche. Muito diferente e gostoso.



Suco de framboesa por aquelas bandas é como suco de laranja por aqui, você encontra em todo os lugares, então todos os dias eu tomava este suco delicioso e não era de polpa não era a fruta ao vivo e a cores. Junto com o lanche que citei anteriormente provei um suco que misturava framboesa, morango e cranberrie, olha que coisa ruim.........


Gente vocês devem ter notado que eu falo muito em comida neste post, mas é que no sul do Chile, se come bem demais, e isto eu ouvi desde que estava no norte chileno, onde as pessoas quando sabiam que eu viria para o sul me diziam sempre que eu ia desfrutar de uma gastronomia sensacional e foi isto o que aconteceu. Graças a Deus!

Já no final da tarde, retorno para Puerto Montt e fui dar uma descansada pois a noite iria jantar com o amigo Hugo, que no dia seguinte, seguiria viagem a trabalho para mais ao sul e eu logo cedo seguiria para Santiago. E assim finalizei minha estadia no sul chileno.

Bom fico por aqui, e não pense que a postagem sobre esta viagem terminou, pois ainda faltam dois post para serem terminados e divulgados, um será sobre Santiago onde cito novos lugares que conheci nesta viagem e outro sobre uma ida a Viña del Mar e Valparaiso na companhia de amigos chilenos, ou seja, um enfoque do passeio feito por residentes locais, diferente de tudo que já li a respeito da região.

Um abração,

Benevide