sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

VIAJAR SOZINHO - vamos dissipar este fantasma ???




VIAJAR SOZINHO – vamos dissipar este fantasma ????


Viajar sozinho é uma forma de se auto conhecer, vencer desafios, trabalhar seus medos, adquirir confiança, independência, sentir-se suficiente, livre e solto.

A sensação de liberdade quando estou viajando é algo que curto a décadas. Desde criança, quando eu via os locais onde os famosos viviam ou viajavam para lá, eu ficava imaginando isto como uma coisa inalcançável.

Comecei a trabalhar muito cedo, e um dos meus focos era conseguir viajar pelo Brasil, já que na época ir para o exterior era coisa para pouquíssimos. Fiquei livre para “voar mundo afora” somente aos 18 anos, para se ter uma idéia, fiz 18 anos em Março e no inicio de Abril, já estava visitando Foz do Iguaçu, com direito a cruzar as duas fronteiras (Argentina e Paraguai), na época este roteiro era o sonho de consumo.

É claro que ao iniciar esta viagem eu não tinha idéia de nada, somente fui..... O coração saindo pela boca com medo de que nada desse certo, mas com a vontade e disposição de fazer com que tudo corresse de forma que eu voltasse para casa são e salvo.

Esta viagem foi feita com a companhia de meu primo Valdemar (Liu) e foi a primeira de muitas outras que fizemos juntos. Eu era mais novo que ele, porém, sempre fui destemido com relação a conhecer novos locais, aventurar-me. Na verdade eu planejava os roteiros, mostrava a ele e, se estávamos com grana e tempo, seguíamos em frente.

Chegou um determinado momento em nossas vidas, que devido a trabalho e estudos, não foi possível seguirmos com as viagens em dupla, então acabei ficando meio perdido e pensei “Como vou fazer para prosseguir com meus planos de viagem? Eu tenho que arrumar um jeito. Viajar SOZINHO ????”.

Foi isto mesmo que fiz.

Novamente a exemplo da primeira viagem realizada aos 18 anos, peguei a estrada e segui para Maceió/AL, sem saber muito bem como ia me virar sozinho. E assim começou o meu aprendizado quanto a viagens “alone”. E sabe que gostei da idéia !?!?!.........

No início foi difícil, pois muitas vezes me sentia perdido, sem ter o que fazer, na verdade até tinha, mas como fazê-lo???.

Com o passar do tempo, ouvindo e lendo dicas, fui adquirindo uma forma de viajar muito agradável e proveitosa e hoje posso dizer que viajar em companhia de alguém é bom, mas viajar sozinho muitas das vezes é ÓTIMO!

Você deve estar pensando, que lenga/lenga é este, vamos logo ao que interessa. Senti necessidade de relatar estes pormenores de minha vida de turista, para mostrar que muitas vezes para alcançar nossos objetivos, temos que agir como camaleões, ou seja, nos camuflarmos às situações.

Quando alguém me pergunta como eu consigo viajar sozinho, respondo o seguinte: “Estar sozinho é uma questão de estado de espírito, ou seja, você pode estar rodeado de pessoas conhecidas e se sentir sozinho, e também estar rodeado de estranhos porém não ter a sensação de estar sozinho, já que esta bem consigo”. Sendo assim, apenas sigo meu caminho.

Já viajei com amigos, parentes, em excursão, em pacotes e sozinho. Posso dizer que não existe a forma ideal para se viajar, pois cada tipo de viagem tem seus pontos positivos e negativos, às vezes mais negativos....rs.rs.rs.....

Assim quando vou fazer uma viagem sempre avalio qual será a melhor forma, seja na questão comodidade, preços, tempo disponível, etc. Muitas vezes optar por um pacote é o melhor caminho, outras vezes fazer tudo por conta e assim por diante. Não é como uma receita de bolo que você diz: “Faça assim!!”

Viajar sozinho é uma forma de conhecer gente nova, pois você acaba ficando disponível a bate-papos e conhecer outras pessoas. Quando viajamos com alguém, ficamos comentando e falando o tempo todo com nossa companhia, o que na maioria das vezes “bloqueia” a interação com outras pessoas.

Tem gente que viaja sozinho e não quer interagir com ninguém, isto logo se nota e respeitamos a opção de cada um, mas se você quer interagir com alguém ou um grupo, assim que chegar em um local:

• Faça um city tour; e
• Em cidades litorâneas faça um passeio de barco.

Não que seja garantido conhecer gente legal nestes tipos de passeios, mas é uma oportunidade de fazer contatos com pessoas que também estejam viajando sozinhas. São oportunidades para obter muitas informações extras a respeito do local que esteja visitando.

Pelo fato de estar confinado em um espaço pequeno e obrigatório, é quase impossível não bater papo, ou mesmo, fazer algum comentário com os colegas de passeio.

Por este meio, durante minhas viagens já conheci muita gente, e com algumas mantenho contato, outras foram amizades pontuais e valeram pelas lições de vida que ouvi/vivi, também conheci muita gente maluca, esquisita, gente insuportável que de certo modo contribuíram para meu crescimento pessoal, já que decidi que não queria ser como eles... Deus me defenda!

Mas o importante é por o pé na estrada e conhecer novos locais, pessoas, gastronomias, costumes, ares, climas, etc.

Esteja com a mente e coração abertos às novidades, inclusive às conversas. É claro que não com a primeira alma que aparecer na sua frente, mas a gente logo saca se dá para manter dialogo com determinada pessoa, ai é deixar a coisa fluir.

Desfazer-se de preconceitos e não ser tão critico, afinal pode ser uma amizade que dure apenas 1 hora ou menos...rs.rs.rs...

Evite roteiros/passeios românticos, tem coisa mais chata que estar rolando aquele clima de apaixonados e você só a fim de conhecer o local? Além do mais, você fica com a sensação de que as pessoas olham para você e pensam “coitadinho, tão só.....”...rs.rs.rs... No meu caso, eu bem contente sigo curtindo minha viagem. Opa! No caso de uma viagem a Veneza, isto não se aplica, apesar do passeio de gôndola soar muito romântico recomendo fazê-lo. Mas fique tranqüilo, você pode fazer o passeio com outras pessoas que estão a fim de compartilhar (fica bem mais barato) e os gondoleiros promovem o “encontro”...rs.rs.rs...

Restaurantes – não deixe de frequenta-los pelo fato de estar sozinho, quando quiser conhecer determinado lugar ou experimentar algum prato, simplesmente vá, e na entrada quando perguntarem “para quantas pessoas?”, com a cabeça bem erguida diga: “Para uma pessoa!”.


No inicio você pode até ficar constrangido, pois é uma cena que realmente chama atenção, a de uma pessoa sentada sozinha em uma mesa de restaurante, e quanto mais chique o local, parece que a sensação é pior, mas fique tranqüilo e foque no seu objetivo que é conhecer ou experimentar o que te interessa. Hoje eu até gosto de “chocar” os outros, freqüentando restaurantes/bares de meu interesse sozinho e de cabeça erguida.

Se vier aquele pensamento “É muita comida....”, coloque ele de lado, pois é melhor perder metade de um prato do que ficar sem prová-lo, lembre-se você esta viajando e conhecendo novos sabores, pode ser que a oportunidade seja única.

Diário – quando você esta viajando sozinho, uma coisa que recomendo é fazer um diário. Além de registrar tudo o que acontece, ou pelo menos as principais partes da viagem, serve para você desabafar. Por exemplo: quando você ver algo e quiser contar para alguém, registre no diário. Parece exagero, mas o fato de escrever contando o que viu/ouviu ou sentiu é muito reconfortante, você fica aliviado por ter “botado pra fora”.


Então conte para ele tudo o que você quiser, isto é uma forma de você registrar para a posteridade e passado algum tempo, você verá como é gostoso, reler as anotações feitas nos diários de viagens e recordar os momentos vividos.

Você pode fazer os registros em cadernos, agendas, digitados eletronicamente em celular, computador, tablet, etc. Para alegrar um pouco, eu quando faço, costumo colar cartões de hotéis, restaurantes, ingressos, folhetos, guardanapos personalizados, etc., fica bem legal.

Mantenha contatos com amigos/familiares, utilize os recursos oferecidos atualmente: celulares, tablets, computadores, WhatsApp, Viber, Instagram, redes sociais, etc. Vale mensagens, telefonemas, post, divulgações, enfim procure não ficar totalmente “isolado”. Quando você mantém contato a sensação de “estar sozinho” quase some.


Tem pessoas que não gostam, outras adoram, mas postar uma ou outra foto nas redes sociais é de certa forma, ir dando um alô de como anda sua viagem, além de manter os amigos/familiares informados você mantém conexão com o seu grupo. Dependendo das postagens, quando você retorna nem precisa ficar contando a viagem um milhão de vezes, para cada amigo/familiar, pois você já relatou o que ocorreu e o que você viu. O que acontece é eles virem comentar com você o que viram e gostaram ou não, minhas experiências neste sentido tem sido boas.

É claro que tudo tem limitação, então se você é do tipo que tem 500 amigos no Facebook, recomendo criar um grupo somente daqueles que você realmente quer que saibam de sua viagem, então faça as postagem direcionadas somente para eles.

Sobre bagagem – na viagem procure levar somente o básico, afinal você esta viajando e não fazendo um desfile de moda. Isto ajuda muito na hora de fazer traslados, circular em aeroportos/rodoviárias, etc.


Fotos – Eu acabei treinando bastante e hoje eu mesmo tiro minhas fotos. Basta esticar o braço e sair clicando. No inicio você tem certa dificuldade, depois vai pegando prática, então é só posar, esticar o braço e click.

Quer fotos de corpo inteiro? Não tenha dúvidas, peça para alguém tirar. Hoje em dia as pessoas, em todo o mundo, são muito solidárias na questão foto sozinha ou do casal. Eu tenho algumas táticas, em geral se há orientais por perto, peço a eles para me fotografar, pois oriental adora fotografia e as faz muito bem, então o resultado garantido. Também peço a casais, pessoa que está em família, pessoas que você nota que viajam sozinhas e se estiver com máquina na mão melhor ainda. Nesta hora, deixe a timidez de lado, porque depois você sempre se arrepende de não ter pedido que tirassem uma foto sua em determinado local, afinal, será se voltará algum dia ali? Então qualquer sacrifício vale a pena. Na dúvida tire a foto, depois se não gostar ou se arrepender, simplesmente delete. Fica mais barato....rs.rs.rs...

Pesquise bastante antes de embarcar: internet, guias, revistas, etc. É melhor obter o maior o número de informações, porque você sente-se mais seguro. Dependendo do lugar que vá conhecer, se houver, adquira um guia especifico, eles ajudam muito na hora de fazer os passeios. Eu gosto muito dos guias da Folha, eles oferecem praticamente todas as informações que você precisa. Já fiz muitas viagens utilizando as informações destes guias.


Hospedagem – procure hospedar-se em locais de maior movimento e centralizados, é a chave do sucesso. Já fiquei hospedado fora de área central e foi horrível, pois o deslocamento fica caro, em geral são locais com pouco ou nenhum movimento a noite, o que gera insegurança, por mais civilizado e seguro que seja o país, além de dispender muito tempo entre deslocamentos. Lembrando que nosso tempo em determinados locais é contado em euro, dólar, libra, etc. Eu procuro descobrir os melhores locais para hospedagem pesquisando na internet.

Passaporte/Identidade/Cartões de crédito – é uma dica comum, mas quando se viaja sozinho eu penso que devemos ter cuidado redobrado, principalmente no exterior, pois se houver algum problema temos que nos virar sozinhos. Então eu deixo o passaporte e cartões de crédito no cofre do hotel e ando com uma cópia do passaporte (dados pessoais e do visto) e quando levo cartão de crédito, sempre saio com um e deixo o outro no cofre.

Dinheiro – apesar de toda a modernidade existente, em toda as viagens sempre carrego comigo um pouco de dinheiro (dólar/euro/etc). Já tive problemas com cartões de débito/crédito em vários países, inclusive na América do Sul, e se não fosse o dinheirinho que carrego como reserva, nem sei o que teria acontecido. No caso de opção em sacar dinheiro no local, em outros países, procure se informar com seu banco quanto a necessidade de autorização extra, além da que você faz para utilização do cartão de crédito em compras no exterior. Alguns bancos exigem uma autorização especial para liberar saques em alguns países. Eu não consegui sacar dinheiro no Peru, pois havia necessidade desta segunda autorização e mesmo entrando em contato com a central do banco, não havia como liberar a autorização já que a mesma precisava ser feita pessoalmente nas agências da instituição.

Câmbio – Por questão de segurança, sempre que chego a algum país e não estou levando moeda local, faço câmbio de pequena proporção no próprio aeroporto e se possível ainda dentro da área de desembarque, ou seja, sem sair para o saguão principal. Isto para evitar ficar com malas, carrinho, etc. para lá e para cá, no saguão do aeroporto, procurando um local para fazer o câmbio, ficando, de certo modo, exposto a eventuais problemas de roubo ou perda de bagagem. Depois de instalado, se necessário, vou fazendo câmbios no próprio hotel ou em casas de câmbio oficiais.


Translado aeroporto/hotel – Na chegada, sempre que possível pesquise quanto a melhor e mais adequada forma de traslado entre aeroporto/terminal rodoviário/ferroviário e hotel. Em geral os aeroportos possuem serviço de vans/ônibus exclusivos para traslados aos hotéis ou frota de táxi autorizados. Eu nunca utilizo táxis comuns, pois como já disse o momento de chegada é meio tumultuado, pelo menos para mim, então priorizo a questão segurança.


Na Europa em geral os aeroportos são interligados a estações de trem/metrô.

Agora o translado de saída (hotel/aeroporto) procuro informações na recepção de hotéis/guias/etc.

Em linhas gerais, acho que o que tinha para falar era isto, caso lembre de mais alguma coisa, vou fazendo post pontuais.

Espero que você tenha gostado da leitura e que a mesma tenha despertado em você uma grande vontade de realizar esta experiência. Na minha opinião é melhor fazer hoje a viagem que você tanto quer, do que ficar aguardando a oportunidade de que apareça alguém para compartilhar a viagem de seus sonhos, isto é, se ela aparecer...rsrsrs.

Um abraço e aproveito para lhe desejar Boas Festas !!

Benevide


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

URUGUAI - Parte 2 - COLÔNIA DO SACRAMENTO E PUNTA DEL ESTE


Olá! Aqui estou novamente para dar continuidade ao post referente ao Uruguai, falarei sobre Colônia do Sacramento e Punta del Este.
Vamos começar por:

COLONIA DO SACRAMENTO

A história de Colônia do Sacramento é bastante conturbada, já que no passado pertenceu a Portugal e Espanha e, entre idas e vindas acabou por ficar anexada na parte da América Espanhola, passando a pertencer ao Uruguai.

Não vou ficar aqui falando de história, já que o nosso foco é o turismo. Mas caso você queira inteirar-se sobre o tema, antes de conhecer a cidade, no site da Wikipedia Clique aqui, você tem acesso a um resumo bem interessante.

Trata-se de uma cidade histórica, estilo colonial, muito graciosa, cuja arquitetura remete ao estilo português e espanhol. Notei que o estilo português predomina, pois as edificações em sua maioria são de linhas simples, formando um estilo de casario diferenciado, sendo este um dos motivos, pelo qual o bairro histórico de Colônia do Sacramento é considerado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade desde 1995.


















Colônia do Sacramento possui diversos pequeninos museus, abertos à visitação. Há um grupo de museus em que ao comprar o ingresso de um deles, você terá direito de visitar gratuitamente os demais, utilizando o mesmo ingresso.

Pelo fato de Colônia ser banhada pelo Rio de la Plata, você terá a oportunidade de conhecer as praias (de água doce) próximas da cidade.

O acesso à Colônia do Sacramento, pode ser de duas formas, em barco desde Buenos Aires ou de ônibus/carro desde Montevidéu. Devido à proximidade de Buenos Aires com Colônia, este é um tour muito vendido pelas agências de viagens portenhas, no entanto, você pode fazê-lo por conta própria tranquilamente.

Chegando via Buenos Aires – Em Buenos Aires, você se dirige à Buquebus ( Clique aqui ), que fica localizada em Puerto Madero e adquire sua passagem, é necessário apresentação de passaporte ou identidade. No próprio terminal da Buquebus, você recebe o visto para adentrar no Uruguai.

Embarca no ferryboat e dentro de 1 hora estará desembarcando em terras uruguaias, ou seja, direto em Colônia do Sacramento. O terminal da Buquebus, em Colônia, é ao lado da rodoviária, ali você procura o posto de informações turísticas, obtenha um mapa turístico e se informe a respeito de como chegar ao centrinho de Colônia.

Chegando via Montevidéu - No Terminal Rodoviário Três Cruces em Montevidéu, você compra passagem para Colônia e 2 horas após o embarque, chegará ao terminal rodoviário de Colônia. Ali, procure o posto de informações turísticas, obtenha um mapa turístico e se informe a respeito de como chegar ao centrinho de Colônia.

Daí é seguir o roteiro e apreciar/curtir a cidade.



Quando estive lá, resolvi dormir uma noite, pois no dia seguinte seguia para Punta del Este. Há um hotel bem próximo da rodoviária, que é simples, porém com um atendimento impecável. É o Hotel Ayres Colonia Clique aqui.

Como estava somente de passagem, este me pareceu a melhor opção, pois não tinha que fazer deslocamentos com a bagagem, já que estava muito próximo do terminal fluvial e rodoviário, além de estar no caminho para o centrinho.

Caso você queira se hospedar em Colônia, consulte a internet e verá que há muitos outros hotéis na cidade, inclusive próximo ou no centro histórico, onde é bacana hospedar-se, principalmente se você optar em ficar mais que um dia.

Vou falar sobre os pontos principais para se conhecer em Colônia do Sacramento, inclusive, tentar manter a ordem das atrações conforme você vai adentrando no centro histórico e arredores:

Basílica do Santíssimo Sacramento: Esta igreja é a sucessora da primeira construída no atual território uruguaio, que foi levantada em 1680. A atual igreja foi ampliada e restaurada no decorrer dos séculos, o que deu ao templo a forma atual. Em seu interior há obras de arte de estilo colonial.


Plaza 25 de Mayo: Também conhecida como Plaza Mayor, era usada para exercícios militares. Vários importantes edifícios históricos da zona antiga se concentram ao redor desta praça, são eles a Casa de Nacarello, o Farol, o Arquivo Regional, o Museu Municipal, a Casa de Lavalleja e o Museu Português.




Museus - são vários os museus existentes no centro histórico de Colônia, no entanto vale comentar que são pequeninos e caso você não aprecie museus, visite um ou dois para ter uma idéia do que há para se ver. Caso seja um apaixonado por museus, apreciará o material exposto. Eu entrei em todos os que estavam abertos, pois tinha tempo e queria ver o que realmente havia em exposição. São eles: Museu Espanhol, Museu Municipal, Museu Português, Arquivo Municipal, Casa de Lavalleja, Casa do Vice-Rei, Museu do Azulejo e Casa de Nacarello.

Farol - No local das ruínas do Convento de S. Francisco Xavier, em 1857 foi levantado um farol que ainda funciona e pode ser visitado por turistas. O acesso se dá por meio de uma escadinha bem esquisita, mas vale a pena encará-la. Do alto você poderá admirar a paisagem da cidade e do Rio de la Plata.



Calle de los Suspiros - Uma dos locais mais visitados em Colônia, é uma rua no centro histórico que corre paralela à muralha da Plaza Mayor (Plaza 25 de Mayo) em direção ao Rio de la Plata. Seu calçamento é feito de pedra e a paisagem é formada por várias casas antigas portuguesas, além de algumas espanholas. São varias as teorias sobre a origem do nome da rua.



Fortificações de Colônia - Caminhando na região do centro histórico você se deparará com vestígios das antigas fortificações de Colônia.



Orla - Durante seu passeio, em diversos pontos desembocará em uma orla margeada pelo Rio de la Plata. Local com vista bonita, alguns pontos para descansar e apreciar a paisagem, bebericar/pesticar algo, enfim, desfrutar o local/momento.




Restaurantes - Os pratos oferecidos são fartos e de composição/apresentação apetitosa, isto sem contar que você pode acompanhá-los com o maravilhoso vinho uruguaio, que eu amo, inclusive os vinhos feitos com uvas do tipo Tannat, que é grande uva adotada pelo Uruguai. O país possui extensa área de vinhedos dessa casta, a qual é originária do sul da França.

Noite - por ser uma cidadezinha pequena, com aspecto de vila, caminhar pelo centro histórico a noite é muito gostoso, inclusive aproveite para jantar em um dos vários restaurantes instalados em prédios antigos e localizados nas praças principais. A iluminação das ruas e prédios é amarelada, o que dá um toque especial à paisagem.

Mapa turístico – Segue um mapa turístico sobre o centro histórico de Colônia. Você também pode acessar um outro mapa por meio deste link: http://www.mapacolonia.com/ Clique aqui.




PUNTA DEL ESTE



Punta del Este é reconhecida como um dos dez balneários de luxo mais famosos do mundo e um dos mais importantes balneários da América do Sul. É frequentada por artistas, milionários e pessoal da alta sociedade de vários países. Mas fique tranqüilo, apesar de tudo isto você pode frequenta-la tranquilamente...rs.rs.rs..

Oferece praias oceânicas (Atlântico) e de rio (Rio de la Plata), então você escolhe: banho de água salgada ou doce. No verão (considerado alta temporada) atrai mais de 400.000 turistas.

Está distante de Montevidéu 130 km.

Em minha opinião, Punta del Este é uma coisa de louco. Muito bacana, chique, elegante, hospitaleira, tranquila, bonita, aconchegante, enfim um dos locais que quero retornar muitas vezes.



A partir de Montevidéu, o acesso de ônibus é por meio do Terminal Rodoviário Três Cruces e a empresa que faz esta linha é a COT – Compañia Oriental de Transporte. A viagem dura cerca de 2 horas. Para saber os horários clique aqui: Clique Aqui

Caso você esteja viajando em avião para Montevidéu e vá direto a Punta, informo que alguns ônibus da empresa COT que saem do Terminal Rodoviário Três Cruces em Montevidéu, passam pelo Aeroporto Internacional de Carrasco. De modo que ao desembarcar, basta você se informar sobre o local de parada dos mesmos, e ali embarcar direto para Punta. No retorno é a mesma coisa, não havendo necessidade de ir até o centro de Montevidéu. Você pode verificar os horários clicando aqui: Clique Aqui

Punta é pequena, porém com instalações de hotéis longe da rodoviária, então recomendo que ao chegar na rodoviária, utilize um dos táxis ali disponíveis e siga para seu hotel. Apesar do luxo da cidade, inclusive a aparência dos táxis, as corridas são baratas.

Tenho uma dica de hospedagem. Todas as vezes que estive na cidade fiquei hospedado no Hotel Bonne Etoile Clique aqui. É um hotel simples, porém muito limpo, atendimento sensacional, segurança total e a localização é M A R A V I L H O S A! Você faz praticamente todo o centro de Punta, a pé, pois o hotel está em um ponto central. Para você ter uma idéia basta descer um quarteirão e está na região do porto, ou melhor dizendo, MARINA, já que é o local é muito bonito, limpo e bem frequentado. Se subir um quarteirão, está na Av. Gorlero, que é onde acontece o movimento, inclusive noturno, já que é a rua onde estão localizados muitos restaurantes, lojas, bancos, cinema, etc. A rua em que o hotel esta localizado é a Calle 20. Ali ficam instaladas as lojas de luxo, com as principais griffes mundiais, a mulherada "pira na batatinha". Para se ter uma idéia, em frente ao hotel há uma loja da Valentino. Ta bom pra você ???



Então, se você busca uma hospedagem simples, barata, limpa, bem localizada, este é o local. Agora a exemplo do que eu disse na parte de Colônia, há uma relação sem fim de hotéis em Punta, cabe a você pesquisar e decidir sobre o que atendente seu desejo e necessidade.

Inicialmente, não vou ficar falando muito de pontos turísticos de Punta, pois já vou recomendar que faça o city tour oferecido pelas agências. A cidade possui muitos pontos interessantes e apesar de ser pequena ela é esparramada, de modo que se deslocar inicialmente não me pareceu fácil. Quando você faz o city tour, logo toma conhecimento de tudo, ou seja, do centro e dos arredores. O tour em geral é após o almoço onde você tem uma panorâmica da cidade, bairros residenciais, praias, Maldonado (cidade a que Punta é subordinada) e finaliza em Casapueblo, onde terá a oportunidade de assistir um pôr-do-sol belíssimo.


Então, antes de tudo, recomendo que faça o city tour, porque depois ficará muito fácil para você se deslocar em Punta, inclusive a pé, por todo o centro e praias próximas.

Agora vamos falar de cada local que há para se conhecer:

Porto - a cidade conta com um porto que possui grande infra-estrutura e capacidade de desembarque. Todos desfrutam o maravilhoso Porto de Punta del Este, pois é muito bonito, limpo e organizado, além de causar uma vista sensacional da orla. Um dos passeios clássicos é caminhar sobre o cais olhando o movimento dos barcos que chegam e partem. A região é uma das zonas com a melhor gastronomia. No entardecer, dependendo do dia, a natureza realiza um espetáculo muito bonito de se ver, pois dali você pode apreciar e fotografar o lindo colorido proporcionado pelo pôr-do-sol. Apesar de ser um porto, a noite também é um ótimo local para se passear. Se tiver sorte, poderá ver uma família de lobos e leões marinhos que vivem por ali.




















Península - quando você olha o mapa do centro de Punta verá que há uma ponta que finaliza a parte de terra da cidade, ali se encontra a península. De um lado o oceano Pacífico do outro o Rio de la Plata. Em determinado ponto, em um cruzamento de ruas, você avista ao mesmo tempo o rio e o mar, basta virar a cabeça para esquerda ou direita. Na península esta a Punta de la Salina que é o ponto mais ao sul do território uruguaio, que também marca a separação exata entre o Rio de la Plata e o Oceano Atlântico. Desde a Praça Gran Bretaña, que rodeia a ponta, você verá belas paisagens costeiras.




Farol – é chamado de Faro, trata-se da construção mais antiga de Punta del Este, instalado em 1860. Sua localização está na península. É muito bem conservado, no entanto não esta aberto a visitação. Próximo ao farol há uma praça bem conservada e uma igreja muito bonita, o local proporciona cenário para bonitas fotos.



Praia Brava - praia de localização central, banhada pelo oceano Atlântico. Suas águas são agitadas fazendo jus ao nome. Ali você terá a oportunidade de ver uma escultura linda e interessante, que é um dos cartões postais de Punta. É o Monumento Los Dedos. São os famosos dedos saindo da areia. Ela foi feita por um artista plástico chileno durante um concurso de esculturas que aconteceu na cidade na década de 80, ela foi a vencedora. Se você observar próximo desta escultura e distribuídas pela praia Brava você verá outras esculturas que participaram da competição, mas nenhuma chama tanto a atenção como o Monumento Los Dedos. Sempre muito cheia de turistas tirando fotos e posando "em cima" da mesma. Caso você queira uma foto sem gente “pendurada”, tente fotografar pela manhã, bem cedinho. O local fica vazio, eu consegui uma foto assim.



Praia Mansa - também localizada na região central, é banhada pelo Rio de la Plata, suas águas são calmas, o que torna bastante agradável banhar-se ali. O Cassino Conrad fica nesta praia. Há uma grande passarela de madeira, por onde as pessoas caminham ou simplesmente param e ficam apreciando o visual.



Avenida Gorlero - localizada no centro de Punta, faz ligação com muitos pontos turísticos da cidade. Por meio dela você pode ter acesso a praia Brava, praia Mansa, Porto, Península, Calle 20 ou Fashion Road, etc. Por ai você tem idéia do quanto ela é importante. Nela você encontra muitos restaurantes, lanchonetes, sorveterias, lojas, cinema e muitos estabelecimentos que farão mais agradável sua estadia na cidade. O movimento é constante, principalmente a noite, pois muitos turistas optam por jantar e zanzar por ali.



Feira de artesanato - Na Av. Gorlero, você poderá conhecer uma feira de artesanato, com produtos bem bacanas. Lá eles tem um artesanato local interessante, principalmente as luvas, gorros e pulseiras em couro. Como não sei onde você estará e a Av. Gorlero é grande, te digo que a feira fica em uma praça e está próxima ao início da região do Porto. Mas basta perguntar que te informarão.




Churros Manolo - com o passar do tempo a gente passa a desenvolver algumas manias e descobri que uma das minhas é experimentar churros, que é algo que adoro, por todos os países que passo, então no Uruguai não poderia ser diferente. Havia lido que em Punta havia o “melhor churro do mundo”, fui conferir. O local se chama Manolo e realmente o troço é bom, mas em minha opinião não é o melhor do mundo, conheço melhor. A churreria, vamos chamá-la assim, fica na Calle 29 com Gorlero, você pergunta e todo mundo pode te informar, já que é muito conhecida. Não deixe de experimentar. Para saber mais sobre o local Clique aqui


Cassino - Se você curte ou quer conhecer cassinos, a oportunidade é esta. Os mais famosos são o Conrad Punta del Este Resort & Casino, instalado em hotel de mesmo nome que fica na praia Mansa e o Mantra Resort Spa & Casino que fica no hotel de mesmo nome, localizado em La Barra.


Calle 20 ou Fashion Road – Nesta rua estão concentradas as lojas famosas e de marcas conhecidas ao redor do mundo. Vale a pena visitar, mesmo que seja somente para “olhar”.


Isla de Lobos e Isla Gorriti: Estas ilhas podem ser visitadas, por meio de excursões em barco, que podem ser contratadas no porto. A Isla Gorriti é famosa devido sua beleza natural e também pelas construções históricas. Na Isla de Lobos habita a maior colônia de lobos marinhos da América do Sul.

La Barra - a 20km da península, encontra-se a região de La Barra, que é famosa por ser o hot point na temporada. Várias discotecas muito concorridas estão instaladas nesta zona. Para chegar até lá você cruzará as pontes ondulantes, obra arquitetônica muito interessante e que chama a atenção, elas ficam sobre o Arroyo Maldonado, um tipo de riacho. Em La Barra está a praia de Manantiales, muito procurado pelos surfistas.


Punta Ballena - Um ponto turístico que conta com um grande mirante, de onde se tem uma vista distante, porém muito linda, da orla de Punta. Podemos dizer que é uma pequena península. Bem próximo dali está um local imperdível, que é a Casapueblo.


Casapueblo - passeio imperdível e de preferência no final da tarde, pois dali se aprecia o pôr-do-sol mais bonito de Punta. Casapueblo é a casa-oficina-hotel-museu do artista uruguaio Carlos Páez Vilaró, que a edificou. Está localizada em Punta Ballena, a 15 minutos do centro de Punta. A estrutura lembra pontos da Grécia, Tunísia e locais do Oriente Médio. Quando alguém vê fotos que tirei ali, sempre me perguntam se visitei um destes locais. Caso você faça o city tour, a finalização do passeio ocorre neste local. Do contrário, recomendo que se dirija até lá e não deixe de apreciar tão lindo espetáculo. Ao chegar ali, compre o ingresso e escolha um ponto entre os diversos terraços disponíveis e em determinado momento, todos silenciam e dos alto-falantes, se ouve a voz do artista Carlos Paez Vilaró, que por meio de uma gravação declama um de seus poemas, que enaltece o sol. É muito bonito, não sou dado a sentimentalismo, mas te digo que é um momento para refletirmos o quanto devemos ser gratos à vida.




















Clericot - é o drinque de Punta del Leste. A base dele pode ser champanhe ou vinho branco, com bastante frutas e outros trecos...hummmm.... coisa de louco. Graças a Deus, quando estivemos em Punta, como meus amigos não queriam beber, fui "obrigado" a tomar uma jarra de Clericot (a da foto) durante um almoço no restaurante La Guapa. Pensa no estrago!!! Ai vai um link onde você pode obter a receita desta saborosa bebida. Clique aqui


Gastronomia – Há uma grande quantidade e variedade de restaurantes, instalados em Punta del Este, sendo este mais um ponto de destaque. As especialidades são diversas, passando pela refinada culinária francesa, a italiana, a uruguaia, a japonesa e outras mais. Não faltarão opções para quem quer desfrutar de um bom almoço ou jantar.

Restaurante La Guapa – fomos muito bem recebidos e atendidos neste local, por isto vou recomendá-lo. Fica na orla, próximo ao Porto. Vista maravilhosa, atendimento de primeiríssima qualidade, os pratos são lindos e saborosos. Enfim..... só indo lá para conferir tudo. Clique aqui


Balneário Jose Ignacio

Praticamente um pequeno povoado, porém aconchegante e muito charmoso. Este pequeno balneário a exemplo de Punta também faz parte do departamento de Maldonado.

Ali há um farol belíssimo que fica na parte conhecida como Ponta de José Ignácio. Ele delimita a praia Brava e a Mansa, como os próprios nomes identificam uma é calma e tranqüila a outra mais agitada.

A praia tem ar de vila de pescadores, o que identifica o passado de José Ignácio. Possui vários restaurantes, hotéis e belíssimas casas de veraneio. É um lugar muito calmo, ideal para relaxar e curtir a natureza.

Se você tiver interesse em conhecer, assim que chegar a Punta solicite informações quanto ao transporte. Nós tivemos dificuldade para ajustar horários de ida e volta, então fretamos uma van e fizemos o passeio com guia particular. Não fica caro.





Além dos passeios citados, você encontrará muitas outras coisas para fazer, inclusive praias para visitar/conhecer. Aqui eu falei a respeito do que vivi, nas oportunidades que estive na cidade.

Em Punta del Este, as temporadas são divididas em três: baixa, média e alta temporada. Geralmente os hotéis utilizam esta escala:

Alta Temporada – Janeiro e Fevereiro
Média Temporada – Março e Abril / Outubro a Dezembro
Baixa Temporada – 20 de Abril a Setembro

As diferenças de preços são bastante consideráveis entre uma e outra. Todas as vezes que estive na cidade foi na média temporada, porém apesar dos preços serem altos, já decidi que a próxima vez que for a Punta del Este será na alta temporada, quero ver de perto tudo o que falam de bom sobre este período.

Bem, finalizo por aqui o que tinha para contar sobre o Uruguai, agora quero retornar ali para conhecer um pouco mais, inclusive explorar outras cidades como Carmelo, Rocha, etc.

Torço para que você tenha viajado um pouco durante a leitura deste Post e logo estaremos novamente por aqui falando sobre novos destinos.

Um abraço

Benevide