quinta-feira, 21 de agosto de 2014

CIDADE DE GOIÁS ou GOIÁS VELHO - GO




CIDADE DE GOIÁS ou GOIÁS VELHO

Após chegar a Brasília, comecei a ouvir falar de Goiás Velho e não conseguia entender muito bem o que queriam dizer, quando se referiam a este local. Com o passar do tempo descobri que Goiás Velho, hoje chamada de Cidade de Goiás é o local onde funcionou a antiga capital do estado de Goiás.

Sempre vou a Goiânia, mas não dava jeito de fazer uma esticada até a Cidade de Goiás. Pelo fato das pessoas falarem bem do local, resolvi consultar na internet imagens do local. Pronto! bastou ver a primeira foto para decidir que iria o mais rápido possível conhecer a cidade de Goiás.




Então agora em Agosto/14, surgiu a oportunidade de ir até lá, foi bem corrido para consegui conhecer todos os pontos turísticos e não turísticos, já que tive a sorte de ser apresentado à cidade, por um colega cuja família tinha casa em Goiás Velho, portanto, conhecia todos os cantos da cidade.

Vou fazer um breve resumo da história da cidade, procurarei faze-lo bem curtinho, pois não quero cansa-lo (a) com dados históricos.

Goiás é um município brasileiro do estado de Goiás. Sua população estimada em 24.727 habitantes (IBGE-2010). Em 2001 foi reconhecido pela UNESCO como Patrimônio Histórico e Cultural Mundial, devido sua arquitetura barroca peculiar, por suas tradições culturais seculares e pela natureza exuberante que a circunda.

Com a descoberta das Minas Gerais de um lado e das minas de Cuiabá, de outro, no século XVII, havia uma ideia de que os filões de metais preciosos se dispunham de forma paralela em relação ao equador, de modo que entre esses dois pontos, também haveria do mesmo ouro. Embasados neste conceito, as investidas bandeirantes foram intensificadas no território goiano, provocando a descoberta e apropriação das minas de ouro dos índios Goiáses. Na região onde habitava a nação Goiá, Bartolomeu Bueno da Silva, o bandeirante Anhanguera, fundaria, em 1727, o Arraial de Sant'Anna.

Em 1736, o local foi elevado à condição de vila administrativa, passando a ser identificada como Vila Boa de Goyaz e pertencia à Capitania de São Paulo. Em 1748 foi criada a Capitania de Goiás, que teve como primeiro governador dom Marcos de Noronha, o Conde dos Arcos.

D. Marcos José de Noronha e Brito - 1712-1768
Conde dos Arcos

A vila transforma-se em capital da comarca e Noronha manda construir, entre outros prédios, o Palácio que levaria seu nome (Conde dos Arcos), em meados do século XVIII.

A arborização da vila, o alinhamento de ruas e estabelecimento do primeiro plano de ordenamento urbano, que delineou a estrutura mantida até hoje, foi feita pelo governador Luis da Cunha Meneses, que governou de 1778 a 1783.

No final do século XVIII, Vila Boa precisou reorientar suas atividades econômicas para a agropecuária, em decorrência do esgotamento do ouro.

Entre os anos 30 a 40, ocorreu a transferência da capital estadual para Goiânia, coordenada por Pedro Ludovico Teixeira, decisão esta que propiciou a preservação da arquitetura colonial da Cidade de Goiás.

Deste modo, a cidade tornou-se um centro turístico, que possibilita uma viagem no tempo do Brasil colonial, onde além da rica arquitetura o turista encontra riquíssima arte sacra nas igrejas seculares e museus.



Desde 1999, a Cidade de Goiás sedia o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), sendo atualmente o maior festival cinematográfico sobre o meio ambiente, que conta com a participação de diversos países, além das produções nacionais.

Goiás também é muito conhecida por um evento cultural que é realizado a mais de 200 anos, atraindo muitos visitantes, que vão à cidade para conhecer e participar do evento típico/cultural/religioso que é a Procissão do Fogaréu.

PROCISSÃO DO FOGARÉU – Esta celebração é uma manifestação religiosa, que ocorre anualmente durante o período da semana santa, começando à meia noite da quarta-feira, quando a iluminação pública é apagada e dão inicio às encenações sobre a Paixão de Cristo que antecedem à crucificação, as quais se desenrolam em vários pontos da cidade (igrejas), onde homens encapuzados com vestes coloridas, carregam tochas acesas entre as ruas escuras, representando o caminho dos romanos até o momento da prisão de Cristo. Na quinta e na sexta-feira são representados o Lava-Pés e a Paixão de Cristo.

Procissão do Fogaréu - foto:blog.encontresuaviagem.com.br

Procissão do Fogaréu - foto:www.goiasgo.com.br

DOCES TRADICIONAIS – os doces fazem parte da antiga tradição de Goiás, inclusive os de origem portuguesa chamados de “alfenins”. Há também os pastelinhos, os limõezinhos com doce de leite e os de frutas cristalizadas. Há oportunidade de comprar direto das doceiras, pois elas colocam placas nas portas de suas residências, além das várias lojas especificas.

Pastelinho - foto:festaesabor.blogspot.com.br

Alfenins - foto:xcakes.wordpress.com

Limõezinhos com doce de leite - foto:viajeiporai.wordpress.com

Doces Cristalizados - foto: www.ohoje.com.br

EMPADÃO GOIANO – Aproveitando o espaço gastronomico,vou falar de um quitute que se vê por todo lado de Goiás, é o Empadão Goiano. Trata-se de um salgado em formato de empada, só que bem grande, ele é recheado com: frango, ovos, milho verde, palmito, azeitona, guariroba, linguiça de porco e mussarela. Dizem ser saborosíssimo, eu nunca comi pois não gosto de frango, mas fico com água na boca só de vê-los. Vou arriscar a receita e fazer um recheado com carne de porco ou de vaca. Vale a pena conhecer um pouco mais sobre este prato que é uma tradição por lá, para isto informe este link (clique aqui)

Empadão goiano

A Cidade de Goiás é dividida em uma parte antiga (colonial) e a parte nova. A divisão é muito clara, de modo, que basta cruzar algumas ruas e a paisagem arquitetônica muda completamente. A parte nova é comum, por isto não vou falar a respeito. O relato turístico será a respeito da parte antiga, ou seja, onde fica todo o casario colonial que é belíssimo e muito bem conservado. Uma fonte de inspiração para quem gosta de fotografar, pintar ou desenhar.

Antes de começar a falar do centro histórico, vou comentar sobre uma atração que fica na estrada GO-070, um pouco antes de entrar na Cidade de Goiás, cerca de 10 quilômetros, é um local chamado Povoado de Areias e tem como ponto principal a Igreja de Nossa Senhora Aparecida.

IGREJA DE NOSSA SENHORA APARECIDA – A Igreja de Nossa Senhora de Aparecida foi construída em 1910, é muito bonita e fica no alto de um terreno. Seu acesso é por meio de duas escadarias (uma frontal e outra lateral). No feriado dedicado à santa, 12 de Outubro, acontece a romaria de Nossa Senhora Aparecida, onde os moradores da cidade de Goiás seguem a pé até ali.

Igreja de Nossa Senhora Aparecida

Igreja de Nossa Senhora Aparecida

Igreja de Nossa Senhora Aparecida

Pouco antes desta igreja e entre ela e a primeira entrada da cidade, há diversas barracas na beira da estrada que vendem artesanato local, dentre eles ótimas panelas de barro, a preços muito convidativos, eu acabei trazendo três.

Entramos na cidade pelo centro histórico, havia a opção de entrar pela parte nova, mas preferi ir direto para o que interessava. Já no final do dia fomos dar uma volta de carro para eu ter uma ideia de como era a parte nova da cidade, e como disse anteriormente: comum !!

Uma dica: eu notei que um bom ponto para iniciar o passeio é dirigir-se até onde fica o Museu Casa de Cora Coralina, já que ali fica o Rio Vermelho que faz divisa entre duas partes do centro histórico. Nas proximidades você verá um monumento com uma cruz e bem próximo está um posto de informações turísticas, onde você poderá obter dicas, informações e um mapa turístico da cidade.

Deste modo, estando próximo do Museu Casa de Cora Coralina e Rio Vermelho, de costas para estes e em frente à Cruz do Anhanguera, seguimos em direção à Praça da Liberdade (antigo Largo da Matriz).

CRUZ DO ANHANGUERA - Em 1918 foi trazida para a Cidade de Goiás a Cruz do Anhanguera, que foi instalada as margens do Rio Vermelho no local onde existiu a igreja da Lapa, a qual foi levada pela grande enchente de 1839. Na enchente do dia 31 de dezembro de 2001 o monumento que sustentava a cruz foi levado pela correnteza e dias depois a Cruz do Anhanguera foi encontrada dentro do leito do Rio Vermelho. O monumento que existe hoje foi reconstruído e o cruzeiro original se encontra no Museu das Bandeiras.

Cruz do Anhanguera

Cruz do Anhanguera

Iniciamos o tour na Praça da Liberdade (antigo Largo da Matriz) que tem a sua volta a Igreja Catedral de Sant’Anna ( a catedral da cidade), o Palacio Conde dos Arcos, O Museu de Arte Sacra da Boa Morte, um casario belíssimo e muito bem conservado e na parte central o Coreto.

IGREJA CATEDRAL DE SANT’ANNA – É a Catedral da Cidade de Goiás. Teve sua construção iniciada no inicio do século XVIII, e em 1998, após vários eventos ocorridos no decorrer dos anos (construções, reformas, demolições, etc. ) , a igreja foi restaurada pela Diocese de Goiás em parceria com o IPHAN, mantendo o padrão atual. Ela é muito bonita, já que sua parte externa mostra um misto de estilo colonial com rústico, causando um belo contraste. Ela está localizada na Praça da Liberdade (antigo Largo da Matriz).

Igreja Catedral de Sant'Anna

PALÁCIO CONDE DOS ARCOS
- Em meados do século XVIII , com a chegada do primeiro governador de Goiás, o Conde dos Arcos, verificou-se a necessidade de construir uma residência oficial, sendo realizada a construção, após aprovação da Coroa Portuguesa. A partir daí o edifício serviu como residência oficial dos governadores do estado até a década de 30, quando houve a transferência da capital do estado para Goiânia. No decorrer dos anos, as várias reformas e adaptações alteram sua forma original, inclusive a fachada.

Atualmente o local sedia a administração municipal e abriga o Museu Palácio Conde dos Arcos. Todos os anos, durante o aniversário da cidade, o palácio volta a ser a sede provisória do governo estadual. Seu acervo é constituído por obras do século XVIII, utensílios domésticos, pertences, artes decorativas e mobiliário dos antigos governantes. A entrada é paga e a visitação é guiada.

Palácio Conde dos Arcos

Palácio Conde dos Arcos

Palácio Conde dos Arcos - parte interna

Palácio Conde dos Arcos

MUSEU DE ARTE SACRA DA BOA MORTE - A igreja teve sua conclusão finalizada em 1779 e sua fachada apresenta elementos característicos do estilo barroco. No ano de 1921 um incêndio destruiu o altar-mor, a sacristia e várias imagens atribuídas ao escultor Veiga Valle. Desde a década de 60 sedia o Museu de Arte Sacra da Boa Morte e possui o maior acervo de obras do escultor barroco Veiga Vale, além de coleções de prataria, coroas, cálices, castiçais, tocheiros e lampadários dos séculos XVIII e XIX. A entrada é paga e a visitação é guiada.

Museu de Arte Sacra da Boa Morte

Museu de Arte Sacra da Boa Morte - o sino da igreja fica à parte do edificio

O artista Veiga Valle, é para Goiás o que o artista mineiro Aleijadinho significa para Minas Gerais, para você ter uma ideia melhor segue um link onde você poderá conhecer um pouco de sua biografia. (CLIQUE AQUI). Eu não conhecia nada a respeito dele, e ao ver o seu trabalho tão elaborado e detalhista, li a respeito e passei a entender o quanto é valioso o legado artístico deixado por ele.

CORETO – Foi construído em 1923, possui um formato diferente, já que possui um andar térreo e um superior, onde eram feitas as apresentações. Hoje na parte térrea está instalada uma sorveteria, onde você poderá apreciar um sorvete simplesmente “maravilhoso”, um dos melhores que já provei. Ele fica localizado no centro da Praça da Liberdade (antigo Largo da Matriz)

Coreto

Coreto - piso superior

Coreto - teto trabalhado em madeira

Dali seguimos para a região onde fica o Chafariz de Cauda e o Museu das Bandeiras, ao contrário das ruas estreitinhas que formam o centro histórico, esta área possui construções coloniais com ruas bem largas, principalmente a principal onde estão localizadas as atrações citadas, muito bonito o local, dá uma sensação de liberdade, claridade e bem estar.

CHAFARIZ DE CAUDA – Construído em 1778 em alvenaria de pedras com detalhes em pedra-sabão, teve como finalidade o fornecimento de água da cidade, e junto com o Chafariz da Carioca, existente do outro lado do rio, atendiam a população. Está localizado na Rua Nova com a Praça Brasil Caiado (antigo Largo do Chafariz).

Chafariz de Cauda

Chafariz de Cauda

MUSEU DAS BANDEIRAS – Encontra-se instalado na antiga Casa de Câmara e Cadeia cuja localização é na parte alta de uma das praças principais da cidade. Foi construído em 1761. No andar térreo encontra-se a antiga cadeia e no pavimento superior ficam os salões reservados às atividades legislativas e judiciárias da antiga capital. Seu acervo é composto com peças e mobiliário do século XVIII, instrumentos utilizados no garimpo e peças de porcelanas. Está localizado na Rua Nova com a Praça Brasil Caiado, (antigo Largo do Chafariz). Não foi possível visita-lo internamente, pois se encontra em reforma.

Museu das Bandeiras

Depois retornamos para as margens do Rio Vermelho e fomos visitar o outro lado do centro histórico, que de cara tem como porta de entrada o Museu Casa de Cora Coralina, seguindo a rua até o final, chegamos ao Largo do Rosário, onde fica a simplesmente maravilhosa Igreja Nossa Senhora do Rosário, mais conhecida como Igreja do Rosário.

MUSEU CASA DE CORA CORALINA: Trata-se de um museu permanente com objetos pessoais da poetisa de mesmo nome. A casa provavelmente foi construída no final do século XVIII, sendo uma das primeiras construções da antiga Vila Boa. Sua arquitetura é um exemplo do tipo desenvolvido no Brasil Colônia, aplicado às residências. Funciona como museu desde 1989. A entrada é paga e a visita é guiada.

Vale a pena conhecer um pouco sobre a biografia desta personagem tão ilustre e que tanto contribuiu para a literatura nacional. (CLIQUE AQUI)

Museu Casa de Cora Coralina

Museu Casa de Cora Coralina

Museu Casa de Cora Coralina - estátua busto de Cora Coralina

IGREJA DO ROSÁRIO – A antiga Igreja de Nossa Senhora do Rosário conhecida como antiga igreja dos pretos foi erguida em 1734. Em 1934 foi demolida e reconstruída a atual em estilo gótico pelos frades dominicanos oriundos da França. No seu interior, encontram-se afrescos realizados na década de 50 por Frei Nazareno Confaloni , precursor do modernismo no estado de Goiás. Em minha opinião esta é a igreja mais bonita da cidade, tanto por sua arquitetura diferenciada como pela decoração interna.

Igreja do Rosário

Igreja do Rosário

Igreja do Rosário - parte interna

Igreja do Rosário - detalhe do piso

Igreja do Rosário - órgão da igreja

Igreja do Rosário

Igreja do Rosário - pinturas de Frei Nazareno Confaloni

Igreja do Rosário

Largo do Rosário com igreja ao fundo

Ao sairmos da Igreja do Rosário, aproveitamos e fomos conhecer a Igreja D’Abadia que fica em uma rua que sai do lado direito da igreja, isto para quem esta de costa para a igreja e de frente para o largo do Rosário. Ande duas quadras e você chegará à igreja.

IGREJA D’ABADIA – Igreja Nossa Senhora d’Abadia foi construída em 1790, com esmolas do povo, ela fica localizada na Rua d’Abadia. É um dos melhores exemplos da arquitetura religiosa da cidade de Goiás. O forro da nave é composto por afrescos, os quais foram pintados por autor anônimo. Seu altar é todo feito em madeira e possui detalhes muito elaborados. Também abriga o Museu Paramentos Litúrgicos. Foi uma das igrejas que mais gostei dentre as visitadas.

Igreja d'Abadia

Igreja d'Abadia - parte interna

Igreja d'Abadia - altar

Igreja d'Abadia - pintura no teto

Igreja d'Abadia - pintura no teto

Depois voltamos um pouco e seguimos em direção ao Hospital, passamos pela Igreja do Carmo, e lá estávamos de volta às margens do Rio Vermelho, atravessamos a ponte e seguimos para o lado direito em direção da Igreja de São Francisco e Mercado Municipal.

IGREJA DO CARMO – Sua construção teve inicio no século XVIII , sendo concluída em 1786. Sua arquitetura é bastante simples e de dimensões modestas. Está localizada entre o Hospital de Caridade e edifícios residenciais. Não foi possível visita-la internamente, pois estava fechada.

Hospital de Caridade à frente - Igreja do Carmo ao lado do hospital

IGREJA DE SÃO FRANCISCO – Foi concluída em 1761 e foi a terceira igreja construída na Cidade de Goiás. Possui uma fachada simples e seus forros, tanto da nave quanto da capela-mor, foram pintados por André Antônio da Conceição em 1869. Esta localizada na Praça Zacheu Alves (antigo Largo São Francisco). Não foi possível visita-la internamente, pois estava fechada.

Igreja de São Francisco

Igreja de São Francisco

MERCADO MUNICIPAL – O Edifício foi construído no final do século XX e sua arquitetura se assemelha a um grande galpão, com cômodos voltados tanto para o interior do pátio interno como para a praça da Rodoviária. O lugar é um ponto de encontro da população, mas também é frequentado por visitantes, que ali podem ver um pouco da vida cotidiana da cidade, é também um bom local para experimentar pratos típicos locais, tais como os famosos pastelinhos e o empadão goiano. Ele está localizado na Praça Zacheu Alves (antigo Largo de São Francisco), próximo à Igreja de São Francisco.

Mercado Municipal - parte interna

Depois de tanto caminhar fomos almoçar e aproveitamos para conhecer um local chamado de Carioca, que é um complexo de lazer criado pela prefeitura em volta de um trecho do rio com uma quedinha d’agua, ao fundo. Do outro lado fica o Chafariz da Carioca.

CHAFARIZ DA CARIOCA – Esta foi a primeira fonte pública de abastecimento de água, cujo fornecimento de água continuou até algumas décadas atrás. Após um processo de restauração na década de 80, esta fonte voltou a funcionar, e atualmente faz parte de um complexo de lazer criado pela prefeitura do município.

Chafariz da Carioca - foto: www.goiasgo.com.br

Carioca

Dali seguimos de carro para uma breve visita pela parte colonial da cidade, que era destinada à população pobre, inclua-se ai os escravos, isto no inicio da colonização. Há diversas casas coloniais, bem simples, e neste bairro encontra-se a Igreja de Santa Barbara.

IGREJA DE SANTA BÁRBARA - Sua construção foi iniciada em 1775 e concluída 5 anos depois. Sua fachada é bem simples e foi construída em blocos de pedra-sabão e adobe. Fica localizada em um morro e seu acesso de dá por uma escada com mais de 100 degraus, o local oferece uma das mais belas vistas da cidade.

Igreja de Santa Barbara

Por aqui encerrou nossa visita à Goiás, e apesar de muito cansado de tanto andar estava muito satisfeito por ter realizado mais um sonho, que era conhecer aquela cidade. Sai muito rico culturalmente e visualmente, pois conheço várias cidades coloniais brasileiras, e te digo que esta foi uma das mais bem preservadas e organizadas que vi. Realmente é um lugar que deverei retornar para visitar o que não foi possível desta vez, dormir pelo menos uma noite ali, já que me disseram que a iluminação é belíssima, dando um toque todo especial à paisagem noturna da cidade.

Além dos pontos citados, circulando pelos Becos de Goiás Velho, você verá muitos prédios lindos e paisagens sensacionais, de modo que tornará sua visita ainda mais rica.





Pessoal, quero fazer uma observação a respeito dos endereços/localizações informados, houve alguns endereços que ao confrontar o mapa oficial de ruas, não consegui encontrar o nome da rua/praça que obtive nas pesquisas e folders, mas consta o antigo nome da rua/praça ou como é mais conhecido, por exemplo: o antigo Largo de São Francisco. Mas quando você chegar lá e obtiver o mapa turístico, verá que é tão pequeno o centro histórico, que você acaba nem prestando atenção a nome de rua/praça e sim a direção.

Nos arredores, próximos e mais distantes, você terá oportunidade de visitar vários pontos onde poderá fazer o turismo ecológico, alguns deles são: Parque Estadual Serra Dourada, Santuário Ecológico Poço do Sucuri, Balneário Santo Antonio, Cachoeira das Andorinhas, Balneário Cachoeira Grande, etc. Enfim, dá até para programar férias por ali.

Um modo fácil de chegar à cidade é por Goiânia, que fica distante cerca de 140 quilômetros. Há ônibus direto entre as rodoviárias, e chegando na cidade de Goiás você pode fazer tudo a pé. Se for de carro, uma parada em Goiânia também será bem aproveitada, já que é uma cidade muito legal para se visitar. Estou preparando um post sobre ela, que deverá sair nas próximas semanas.

Aproveito para agradecer ao colega Wellington, por toda a paciência e boa vontade em explicar-me e mostrar-me tudo relativo à cidade de Goiás, isto tudo, além de sua companhia durante este passeio maravilhoso.

Um abraço a todos,

Benevide